A CUT, por meio de sua secretaria de Comunicação, reinaugurou seu estúdio de gravação de áudio e vídeo, nesta terça-feira (13), durante a abertura da Oficina Nacional de Comunicação da Central. O Estúdio CUT, em sua nova fase, passa a funcionar com uma estrutura disponível para locação e produção de conteúdos de áudio e vídeo.
O evento contou com a participação de dirigentes da Executiva da CUT, secretários e secretárias e assessorias de comunicação das estaduais e ramos da CUT, além de jornalistas da mídia progressista e parceiros.
Maria Aparecida Faria, secretária nacional de Comunicação da Central, falou da importância da reinauguração do Estúdio CUT e da oficina de comunicação no mês que se celebra o aniversário de 41 anos da CUT, comemorado no dia 28 de agosto.
“Esse estúdio foi inaugurado em 2010, quando Rosane Bertotti, hoje na Formação, era nossa secretária de Comunicação. Agora, fizemos um esforço grande, com vários companheiros e companheiras aqui da CUT, entidades parceiras nacionais e internacionais, sindicatos, confederações, a própria CUT Nacional, a CUT São Paulo, e todo mundo ajudou”, disse a dirigente.
Agora mais dinâmico e versátil, o Estúdio CUT conta com equipamentos digitais profissionais de alta performance, que possibilitam gravação e edição de conteúdos diversos, além de lives e outras transmissões on-line. A estrutura do espaço é perfeita para a gravação de vídeos e áudios para diversos formatos de mídia e peças audiovisuais para web, rádio ou TV.
Além disso, o estúdio também fornece a assessoria de sua equipe técnica na pré e pós-produção, oferecendo todo o apoio e orientações necessárias para garantir a qualidade do seu material, desde a captação, até a edição final.
Fizemos isso para dar uma revitalizada no nosso estúdio, para ele voltar a funcionar, e agora com uma equipe profissional, que também vai nos ajudar muito; Sabemos que é muito dinâmica a comunicação e precisamos de ferramentas que nos ajudem- Maria Faria
Possibilidades
O Estúdio CUT é um espaço onde se pode produzir projetos personalizados, conteúdos para a web, desde pequenos vídeos até institucionais, além de podcasts, videoaulas e programas para diferentes plataformas, tanto em áudio como vídeo.
Roda de conversa
Durante a abertura da atividade nesta terça-feira, Renato Zulato, Secretário-Geral da CUT, ressaltou a parceria das secretarias de Comunicação e Geral. “Todas as secretarias têm que estar interligadas, mas as duas secretarias andam juntas porque têm muitas demandas que chegam do dia a dia. Por isso a nossa comunicação precisa ser dinâmica, com qualidade e para chegar a todos os trabalhadores. Por isso o caráter importante dessa oficina”.
Para Ariovaldo de Camargo, secretário de Administração e Finanças, uma das tarefas importantes da oficina é fazer a “comunicação da maior central sindical” funcionar no Brasil e no mundo.
“Estamos falando de um instrumento da classe trabalhadora que precisa ter uma comunicação com a nossa base que está no local de trabalho. Sindicalista que acha que hoje só se faz comunicação entregando panfleto (embora seja importante) está no no mínimo na revolução 2.0 e nós já estamos caminhando para a 5.0. Por isso a oficina é importante para uniformizar a informação da CUT”, disse o dirigente.
Para Tadeu Porto, secretário-adjunto de Comunicação, a comunicação é viva. “Está no cerne, na fonte das ações gerais de partidos, de movimentos sociais, do ser humano como pessoa, dentro de uma família, dentro de uma igreja, até mesmo na padaria quando as pessoas estão conversando”.
Comunicação em rede
Rô Vicente, palestrante sobre sexualidade e identidade de gênero, artista e cronista nos canais do Periferia em Movimento e do Mídia Ninja, abordou as principais estratégias de comunicação nas mídias sociais e as características das diferentes redes, cada uma com seus objetivos, particularidades e públicos diferentes que a consomem.
Fundadora do Coletivo Queer, formado por artistas LGBTQIA+ que, por meio de ações poéticas traz à luz problemas sociais para promover a diversidade no Brasil, Rô Vicente usa sua voz para fazer política, combater as fake news, o preconceito e a intolerância. Sua página no Instagram, o Bixa na Rua, tem até agora quase 37 mil seguidores.
Rô, que começou a usar diretamente a rede social como forma de comunicação em 2020 na pandemia, defendeu que devemos usar as redes sociais de forma estratégica e pensada para combater a extrema direita que propagam fake news.
“Se a gente para pra pensar a extrema direita foi muito mais esperta e rápida no sentido de entender que as redes sociais poderiam ser um movimento grande paras pessoas que estavam ali dentro. Não acho que foi inteligente porque inteligente não é o caso deles, mas talvez possa ter sido um processo por acaso. Por isso, é fundamental compreender as especificidades de cada uma das redes e identificar quais as mais adequadas para cada ação”.
Ele ainda defendeu o uso de vídeos no Instagram, já que a rede entrega mais esse tipo de conteúdo. “Várias oficinas que já fiz dão prioridade para vídeo, o Instagram engaja mais vídeos do que postagens de fotos ou postagens em textos”.
É importante entender o principal meio de comunicação. O boca a boca é também válido, a panfletagem é válida, a ligação, tudo isso é válido, mas as redes sociais não vão deixar de ser válidas em nenhuma hipótese.