A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), registrou uma alta de 3,71% nos últimos 12 meses (setembro de 2023 a agosto de 2024). Já em agosto, os preços aparecem com uma redução de 0,14%. É a chamada deflação, divulgada pelo IBGE, nesta terça-feira (10).

Mas a realidade percebida pelas famílias brasileiras é outra. Apesar da redução inflacionária indicada pelo IBGE, os trabalhadores continuam com salários insuficientes para pagar suas contas. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o número absoluto de famílias endividadas no país, em agosto, é de 13 milhões.

Esses dados reforçam que somente a reposição da inflação aos salários não é suficiente para as famílias manterem as contas em dia.

O Sindicato defende que todos os trabalhadores devem ganhar, pelo menos, o salário mínimo calculado pelo Dieese, que em agosto seria de R$ 6.606,13.

“São poucos aqueles que recebem esse valor. Essa é uma luta de toda a classe trabalhadora, já que os empresários acumulam milhões em riqueza, à custa do suor dos trabalhadores”, afirma o presidente em exercício do Sindicato, Valmir Mariano.  

Campanha Salarial

Como já é tradição na categoria, a pauta de reivindicações da Campanha Salarial traz a exigência de aumento real, ou seja, reajuste salarial acima da inflação do período de data-base da categoria.

Os trabalhadores sentem na pele que a deflação não corresponde à realidade. Por isso, é importante lutar para que os salários tenham reajuste acima dos 3,71% medidos pelo INPC.

Parte dessa luta será travada neste sábado (14), na assembleia geral da Campanha Salarial, na sede do Sindicato, às 9h. Serão colocadas em votação as propostas apresentadas pelos patrões.

“Não podemos aceitar que os salários recebam apenas a reposição dessa inflação que não reflete a realidade dos trabalhadores. Isto significaria redução no poder de compra dos salários. Vamos todos à assembleia geral exigir aumento real de salário”, conclui Valmir.