A Direção da CUT-SP manifesta total repúdio à ação truculenta promovida pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Sebastião, realizada no último sábado, 7 de Setembro. Com gás pimenta, grades e uso desproporcional da força, agentes municipais impediram os participantes do Grito dos Excluídos e das Excluídas de se manifestarem livremente pelas ruas da cidade, no litoral norte de São Paulo.
A violência teve início após o término do desfile cívico-militar realizado no centro da cidade, quando sindicatos da região se concentravam para um ato em contraponto ao significado tradicional do Dia da Independência. Tanto a manifestação quanto o horário de início dela já estavam previamente acordados com os organizadores do evento militar. No entanto, o ato foi impedido de começar por meio de forte repressão da GCM e até mesmo a prisão arbitrária de participantes.
O caso ocorreu justamente no ano em que o Grito dos Excluídos completa 30 anos de luta contra as injustiças sociais e pela construção de um novo projeto de sociedade, sem exploração e com respeito aos direitos e promoção da cidadania. Em São Sebastião, os manifestantes empunhavam faixas, bandeiras e cartazes cobrando por mais empregos e melhores salários, moradias dignas e a defesa das comunidades tradicionais (caiçaras, quilombolas e indígenas) da região.
A CUT São Paulo se solidariza com todos os participantes, sindicatos e movimentos organizadores da atividade, proibida de exercer o direito constitucional de manifestação e liberdade de expressão. Cobramos para que as autoridades locais façam a devida apuração e a responsabilização dos envolvidos.
Viva a luta dos trabalhadores e das trabalhadoras de São Sebastião!
Direção da CUT-SP
10 de setembro de 2024