Prestes a completar 60 dias, a greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) segue firme pelo país. Iniciada no dia 16 de julho, a mobilização tem demonstrado a unidade e a resistência da categoria.
Nas últimas semanas, os servidores viram seus salários cortados pelo Governo Federal e foram alvo de uma tentativa de imposição do fim da greve, através de uma manobra, em que uma entidade chapa branca (CNTSS-CUT), que não representa a categoria, assinou um acordo. Os grevistas foram ameaçados ainda com a classificação de faltas injustificadas em seus registros, num frontal ataque ao direito de greve.
No entanto, essas ações não abalaram a determinação da categoria. Na última quinta-feira, o Comando Nacional de Greve ocupou o andar do gabinete da Presidência do INSS, na sede central do Instituto, em Brasília (DF).
A ação demonstrou a disposição dos servidores em enfrentar as imposições arbitrárias e antidemocráticas do governo e resultou na suspensão da ordem de inclusão de faltas injustificadas.
"Este é o momento de o governo realmente negociar nossa pauta, que independe do orçamento", afirmou em nota do Sinsprev-SP.
Entre as reivindicações dos servidores, destacam-se a criação de uma carreira de Estado para os servidores do INSS, melhores condições de trabalho e a elevação do nível de ingresso dos técnicos.
Fortalecer a mobilização
A paralisação segue afetando mais de 700 agências no país, de forma presencial e o trabalho remoto, inclusive na base da CNTSS que assinou o suposto acordo para encerrar a greve.
Segundo Rodrigo Bonfin, diretor do Sinsprev-SP e da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social), a orientação do Comando Nacional de Greve é o fortalecimento da greve e a concentração de caravanas de servidores em Brasília nesta semana, de 9 a 13 de setembro, para pressionar o governo e arrancar uma negociação que, de fato, avance no atendimento das demandas da categoria.
A CSP-Conlutas segue reafirmando todo apoio aos servidores e servidoras do INSS. Na semana passada, moção da Central e mais de 60 entidades e movimentos filiados chamaram a solidariedade aos grevistas. Confira aqui.
Pelo atendimento das reivindicações dos servidores do INSS!
Lutar é um direito! Não à criminalização das lutas!
Repúdio à qualquer tentativa de intimidação e repressão!
Em defesa dos servidores e dos serviços públicos! Abaixo o Arcabouço Fiscal!