Os trabalhadores da Avibras já entraram para a história do Sindicato. Nesta quarta-feira (4), a greve iniciada em 9 de setembro de 2022 completa 1.000 dias, a mais extensa já realizada pela categoria metalúrgica na região.

Quando a greve começou, os trabalhadores protestavam contra o atraso de dois meses no salário. Agora, já são 26 meses sem receber, mas cresce a expectativa de que tudo se resolva com a provável aquisição da Avibras pela Brasil Crédito, após aprovação do plano alternativo da recuperação judicial pelos credores.

Esses 1.000 dias não foram apenas de greve. Também foram dias de cobranças aos governantes, ocupação da fábrica, caravanas para Brasília, ato em frente ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), manifestação na Rodovia dos Tamoios e protesto em frente à casa do dono da Avibras, João Brasil Carvalho Leite.

Durante esse período, o Sindicato organizou a luta. Ao lado dos trabalhadores, exigiu pagamento de direitos e salários, manutenção dos postos de trabalho, estatização da empresa e permanência da tecnologia da Avibras no Brasil, uma vez que a fábrica é estratégica para a soberania do país.

“Estamos travando uma grande e difícil luta, mas já nos consideramos vitoriosos por todo esse enfrentamento. Os metalúrgicos da Avibras são exemplo de persistência e organização”, afirma o diretor do Sindicato Sérgio Henrique Machado.

Ato

Para marcar a data, o Sindicato convoca todos os trabalhadores da Avibras para um ato, nesta quarta-feira (4). A manifestação será iniciada às 9 horas, em frente à fábrica, em Jacareí.