Profissionais da saúde decidem retomar greve por 48 horas a partir do dia 1º de outubro diante do descumprimento de acordo por parte do governo do estado de São Paulo, que não pagou a Bonificação por Resultados no quinto dia útil de setembro e não apresentou a proposta de novo valor do auxílio-alimentação dentro do prazo estabelecido em mesa de negociação realizada em 17 de julho com o SindSaúde-SP.
A decisão aconteceu na nesta quarta-feira (24), durante Conselho de Delegados Sindicais Ampliado, respeitando a decisão da categoria que aprovou a greve em assembleia em junho e só decidiu suspender movimento paredista em nova assembleia em julho diante da abertura de diálogo por parte do governo, mas mantendo o estado de greve que poderia ser retomado caso os acordos não fossem efetivados, o que acabou acontecendo.
Após o conselho, os manifestantes carregando o bandeirão com a mensagem “A Saúde está na rua”, com faixas e cartazes, seguiram em marcha rumo à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), aos gritos de "heróis da pandemia, salário é mixaria" e de “Saúde na rua, Tarcísio a culpa é sua”.
Enquanto se referiam a Tarcísio de Freitas (Republicanos) como governador turista que só se preocupa com golpista, os manifestantes dialogavam com a população sobre o motivo do protesto.
Na Alesp, a categoria cobrou os parlamentares para que pressionem a gestão a honrar os compromissos assumidos em negociação com o sindicato.
A categoria contou com o apoio do deputado estadual, Luiz Claudio Marcolino (PT), que mais uma vez esteve ao lado dos profissionais da saúde tanto no conselho mais cedo quanto no plenário na Alesp. O parlamentar destacou que os profissionais deram um voto de confiança ao governo. “A reponsabilidade dessa greve de 48 horas é do governador Tarcísio que negociou, mas não pagou os direitos dos trabalhadores”, afirmou.