Dirigentes, advogados e assessores das entidades de frentistas de todo o país se reuniram entre os dias 28 e 30 de outubro, no Rio de Janeiro, durante o VII Encontro Nacional da categoria. O evento, realizado no auditório do Hotel Villa Galé, no Centro da cidade, registrou lotação máxima e foi marcado por debates intensos e produtivos.

A programação começou cedo: as mesas de trabalho eram abertas às 8h da manhã, com uma pausa de apenas uma hora para o almoço, e as atividades dos dias 29 e 30 se estenderam até pelo menos 20h.

O tema central do encontro — “Resistência e Unidade: Por conquistas e soberania” — guiou as discussões e painéis, que contaram com a participação de nomes de destaque como:

• o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo;
• o economista e supervisor do Dieese/RJ, Paulo Jaeger;
• o cientista social e analista político, Elias Jabbour;
• a técnica em saúde da Fiocruz, Telma Pavese;
• o jornalista e escritor Altamiro Borges e;
• o diretor do Diap, André Luís dos Santos, entre outros.

O encerramento, na sexta-feira (31), foi conduzido por Aldo Rebelo, que defendeu um modelo de desenvolvimento nacional baseado em investimentos públicos, fortalecimento do setor produtivo privado e aproveitamento sustentável dos recursos minerais. O ex-parlamentar também lembrou que, quando deputado federal, foi autor da Lei nº 9.956/2000, que proíbe as bombas de autoabastecimento e garante os empregos dos frentista.

Organização e unidade

A realização do VII Encontro foi coordenada pela Federação Nacional (Fenepospetro) e pela Federação Estadual de São Paulo (Fepospetro-SP).

O presidente da Fenepospetro, Eusébio Luis Pinto Neto, destacou a ampla participação de dirigentes e assessores de todas as regiões do país, ressaltando o caráter propositivo dos debates.

“Tivemos contribuições efetivas para a unidade e ampliação das conquistas da categoria”, afirmou Eusébio.

Já Luís Arraes, presidente da Fepospetro-SP, elogiou o alto nível das intervenções e o comprometimento da base.

“Foi o melhor de nossos encontros, com grande participação e qualidade nas propostas vindas do plenário”, resumiu.

Pautas e desafios

Durante o encontro, os dirigentes e ativistas sindicais debateram os principais problemas enfrentados nos postos de combustíveis e apresentaram propostas para melhorar as condições de trabalho, com foco em:

• valorização salarial,
• melhores condições de saúde e segurança,
• participação da juventude no sindicalismo, e
• maior espaço para as mulheres nos sindicatos.

Outro ponto central das discussões foi a baixa representatividade política dos trabalhadores no Congresso Nacional. Segundo Eusébio, há consenso de que o atual Parlamento “não representa como deveria o conjunto da sociedade, atendendo às pressões do grande capital rural, urbano e financeiro”.

Os participantes manifestaram disposição em atuar politicamente para eleger um Congresso mais progressista e comprometido com o diálogo social.