Direção da empresa acusa Marcos Alves Corrêa de ter praticado agressão física no episódio em que houve apenas uma discussão entre as partes. Técnico de segurança não deixou que o sindicalista acompanhasse uma perícia no seu setor, a Laminação.
Os trabalhadores da Gerdau atrasaram a entrada do turno no último sábado, dia 19, para protestar contra a perseguição feita pela direção da empresa a um sindicalista.
Marcos Alves Corrêa, o “Marquinhos da Laminação”, dirigente sindical e também coordenador do Comitê Sindical da Gerdau, que integra 21 sindicalistas, está com seu contrato de trabalho suspenso e responde a um inquérito judicial para apuração de falta grave.
A direção da Gerdau, por meio de um técnico de segurança do trabalho, está acusando o sindicalista de ter praticado agressão física no episódio em que houve apenas uma discussão entre as partes. O técnico de segurança não deixou que o sindicalista acompanhasse uma perícia no seu setor, a Laminação.
Marquinhos nega a acusação e comenta a postura do técnico de segurança no cotidiano da fábrica. “O sindicato já recebeu denúncias de trabalhadores de que ele comete racismo, discrimina os funcionários terceirizados e sempre testemunha a favor da empresa para negar os direitos dos trabalhadores. Dessa vez, queria me proibir até mesmo de falar com o funcionário que iria passar na perícia. Um absurdo. E como se já não bastasse, ainda criou todo esse tumulto com a suspensão.”
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba-CUT, Renato Marcondes de Oliveira, o “Mamão”, ressalta que a direção repudia qualquer tipo de agressão e afirma que a empresa agiu de forma precipitada e inconsequente. “Infelizmente, a empresa se utiliza de todos os meios para prejudicar a atuação dos representantes legais da classe trabalhadora. E se tudo ainda está sendo apurado, por que a empresa já suspendeu o sindicalista?”, questionou.
A Gerdau emprega cerca de 2.300 trabalhadores na produção de laminados a aço.