Os engenheiros e arquitetos do Município de São Paulo, em greve desde terça-feira (27/5), realizaram na manhã desta quarta (28) a primeira reunião do movimento grevista para decidir os próximos passos. Entre as definições, serão feitas visitas aos locais de trabalho em que ainda tenham profissionais das categorias em atividade. No início da tarde do dia 27, o grupo realizou uma assembleia na sede do SEESP e, em seguinda, foram à Câmara Municipal, onde foram recebidos na reunião do colégio de líderes que ocorreu às 14h.
O presidente da Casa, José Américo (PT), e vereadores ouviram os presidentes das entidade representativas, Murilo Pinheiro, do SEESP, e Maurílio Chiaretti, do Sindicato dos Arquitetos no Estado de São Paulo (Sasp). Pinheiro, que também presidente a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), enfatizou a importância da mobilização e de assegurar o pagamento do piso salarial do engenheiro, conforme promessa de campanha da atual gestão.
"Soubemos que esta semana a Câmara deve receber um projeto de lei que estabelece a remuneração dos servidores por subsídio, que iguala todos os trabalhadores na mesma categoria, exclui os mais velhos e remete para 2017 o reajuste em torno de 30%, sendo que a categoria já acumula perdas de 40%, desde 2007. Nós servidores não concordamos com isso", disse Carlos Hannickel, representante do SEESP.
Mais tarde, durante a reunião que os servidores tiveram com representantes da prefeitura, após um protesto em frente ao gabinete do prefeito, no Viaduto do Chá, o representante do SEESP expôs sua indignação: "Isso nos pegou de surpresa já que na mesa de negociação ficou acordado que faríamos uma discussão sobre a questão antes de ser enviado à Câmara. E coloquei na reunião da prefeitura: ou vocês estão mentindo aqui (na prefeitura) ou estão mentindo lá na Câmara."