Notícia - Em protesto por corte nos salários, professores de Sinop (MT) pedem comida nas ruas

Em greve, os trabalhadores da educação da rede municipal de Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) saíram para as ruas pedir alimentos. Eles tiveram corte de 11 dias nos salários. O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público cita que a determinação do Executivo Municipal aconteceu mesmo sem que a Justiça decretasse a ilegalidade da greve, que já completa 16 dias. 

Desde a última quinta-feira (31) os trabalhadores da educação realizam manifestações em frente à Secretaria Municipal de Educação.  O Sindicato ainda  denuncia a falta de diálogo com o prefeito Juarez Costa, que após o corte também não quis receber os trabalhadores para um audiência. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, jornada de 30 horas e equiparação salarial com a rede estadual. 

"Fizemos apelo nas ruas e nas redes sociais, pois não temos sobreviver até o final do mês com esse corte no salário. Temos servidor que recebeu R$ 30. A Secretaria de Educação e a Prefeitura nos fecharam as portas e cortaram o ponto de forma arbitrária sem nem fazer uma proposta para a categoria. A população está do nosso lado e apesar das ameaças a greve continua", afirma a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Sidinei Cardoso. 

Medidas 


Em entrevista, o secretário-adjunto de Comunicação, José Pedro Serafini, informou que a Prefeitura de Sinop ingressou com ação de "ilegalidade de greve" no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e aguarda uma posição do Poder Judiciário.

“De uma decisão administrativa legal, a prefeitura gerou a folha de pagamento relativa ao mês de julho de 2014 já com desconto dos 11 dias parados, inclusive sábados, domingos e feriados. 

Conforme a prefeitura, a tabela de impacto financeiro elaborada pelas secretarias de Finanças e Administração, a partir das duas reivindicações do Sintep, mostra uma elevação na folha de pagamento na ordem de R$ 4.2 milhões em 2014, R$ 10.3 mi em 2015, R$ 15.5 mi em 2016, R$ 19.7 mi em 2017 e de R$ 24.4 mi em 2018.


Fonte:  Olhar Direto - 06/08/2014


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